quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Alma militante


Quanto maior a ferida da alma
Maior a capacidade de arrebanhar-se 
Ideologias vãs 
Meras idealizações 
A forjar com orgulho
Medos, culpas, aflições 

Curar a si é um ato de liberdade
Abandonar-se a própria sorte 
Sabendo que cada giro da vida
Faz nascer novas verdades
Deixando para trás corpos e memórias 
Na roda gigante da morte

Permitir-se transformar
É não ter o que seguir
Seguir vivente e errante
Cultuando o presente
Desistindo da luta
Para renascer amante

Soltar o ressentimento militante
Que violenta amigos e inimigos 
No julgamento ultrajante
De uma esperança arrogante 
Que vê o sumo bem do mundo
No espelho de um umbigo dolorido

Nenhum comentário:

Postar um comentário